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Padrão da Raça

BULDOGUE CAMPEIRO


BREVE RESUMO HISTÓRICO:

O Buldogue Campeiro tem sua gênese através dos buldogues trazidos ao Brasil pelos imigrantes europeus, sendo desenvolvida no sul do país. A palavra “Campeiro” remete a campo, relacionando a raça ao seu meio de origem. Eram utilizados durante a captura de gado arredio criado em ambiente hostil de campo e mata nativa, auxiliando na localização, captura e condução desses animais, além de companheiros e guardiões do homem do campo. Também utilizados nos antigos matadouros na contenção dos animais para o abate.
Deve ser um cão forte e potente, com a cabeça larga, fortes maxilares, com o maxilar inferior projetado além do superior o suficiente para o cão segurar o boi. Um focinho largo e forte, não muito curto nem tão comprido, possibilitando o agarre de um bovino independente de seu tamanho e peso, além do temperamento vigilante e tranqüilo, com acentuado espírito de luta e companheirismo. Este temperamento deve ser firme e controlado para sempre obedecer aos comandos de seu dono.


APARÊNCIA GERAL:

Cão de tamanho médio, pelo curto, aspecto imponente, compacto, robusto, com constituição potente e larga, indicando força e agilidade. Formato corporal levemente retangular, sendo as fêmeas um pouco mais longas que os machos. Visto de cima, deve ser largo nos ombros e comparativamente estreito no lombo. Membros vigorosos, musculosos, com ossos fortes. Cabeça volumosa e peito amplo. O Buldogue Campeiro não deve ser atarracado ou excessivamente pesado, nem muito leve, sem substância, e tampouco pernalta.


PROPORÇÕES IMPORTANTES:

  • Relação comprimento do tronco / altura na cernelha de 11:10.

  • Relação crânio / focinho de 3:1.

COMPORTAMENTO/TEMPERAMENTO:

Versátil, com características de guardião. Destaca-se pela fidelidade ao dono, tenacidade e coragem. Seu temperamento é vigilante, tranqüilo e perseverante, com acentuado espírito de luta e companheirismo. Muito dócil com crianças; é um cão de fácil adaptação. Controlável, sem ser tímido, late pouco, e é tranquilo.


CABEÇA: Volumosa, larga, com fortes maxilares, sem excessode rugas ou pele solta. Nas fêmeas, a cabeça tem uma aparência mais delicada que nos machos.


REGIÃO CRANIANA:
Crânio: Bastante largo e levemente arredondado. Visto de frente, forma uma linha reta entre as orelhas, quando em atenção.
Stop: Bem definido.


REGIÃO FACIAL:

  • Trufa: Larga e bem pigmentada, com narinas bem abertas, nas cores permitidas que são: preto, azul, marrom, vermelho e Isabela.

  • Focinho: Curto, com aproximadamente 1/4 do comprimento do crânio. Largo abaixo dos olhos com as linhas laterais paralelas até a ponta da trufa, o mais quadrado possível quando visto de cima.

  • Lábios: Grossos e pendentes, mas não devendo ultrapassar a linha inferior do maxilar
    em mais de 50% da altura do focinho em toda a sua extensão. A rima labial deve ser a
    mais pigmentada possível.

  • Maxilares / Dentes: Largos, maciços e quadrados. O maxilar inferior deve avançar além
    do superior e elevar-se levemente na ponta da mandíbula, formando um prognatismo
    inferior de leve a moderado. Dentes fortes, com os caninos bem desenvolvidos para
    agarrar, e bem distanciados entre si. Dá-se preferência aos incisivos bem alinhados aos 
    caninos. A dentição deve ser a mais completa possível.

  • Bochechas: Proeminentes, devido ao forte desenvolvimento dos músculos faciais.

ORELHAS:

De inserção alta, o mais separadas possível entre si. Pequenas, pendentes, triangulares; também são aceitas as viradas para trás (em rosa). Quando dobradaslevemente no sentido dos olhos, o comprimento não pode ultrapassar o canto interno da
comissura palpebral.


OLHOS:

Ovalados, de tamanho médio, não podendo ser profundos, nem proeminentes.
Pálpebras devem ser bem pigmentadas . Dá-se preferência as pálpebras inferiores em contato com o globo ocular. Olhos que variam do preto, castanho escuro ou marrom, permitindo-se tonalidades mais claras em cães de cores diluídas.


PESCOÇO: Forte, de comprimento moderado, muito musculoso e com circunferênciaaproximada à do crânio, com pele frouxa que forma a barbela a qual não deve ser excessiva.


TRONCO

  • Linha superior: Firme e musculosa.

  • Cernelha: Deve ser marcada.

  • Dorso: Moderadamente curto, reto, com linha levemente ascendente até a garupa.

  • Lombo: Largo. Bastante curto, firme e forte.

  • Garupa: Levemente arredondada.

  • obrigatoriamente deve alcançar a altura dos cotovelos. Costelas bem arqueadas.Peito: De amplitude notável, quase redondo, sendo que a profundidade

  • Linha inferior / Ventre: Ligeiramente esgalgado, quando visto de perfil.


CAUDA: Naturalmente curta, não podendo ser reta, de inserção baixa, grossa na base e afilando na extremidade. O comprimento não deve exceder os dois terços da distância da inserção da cauda à ponta do jarrete. É portada baixa mesmo em ação e jamais se elevar acima da linha do dorso.


MEMBROS

ANTERIORES

  • Aparência geral: Vigorosos, musculosos e com ossos fortes. Retos, quando vistos de frente.

  • Ombros: Largos, musculosos e oblíquos. Em relação à horizontal devem ter 45° enquanto que a angulação escapulo - umeral deve ter pouco mais de 90°.

  • Braços: Largos, musculosos.

  • Cotovelos: Robustos, ligeiramente afastados das costelas.

  • Antebraços: Bem desenvolvidos e com ossos fortes e retos.

  • Carpos: Retos, paralelos, robustos e firmes, leve inclinação, mas nunca cedidos.Metacarpos: Ligeiramente planos, firmes, com bons ossos; vistos de perfil, com uma

  • Patas anteriores: Em ângulo reto, paralelas entre si, acompanhando o antebraço. São toleradas as ligeiramente voltadas para fora . Com dedos levemente separado e um pouco arqueados. Almofadas fortes. Unhas fortes e escuras, acompanhando a cor da pelagem, podendo ser brancas quando o dedo correspondente também é branco.


POSTERIORES

  • Aparência Geral: Musculosos e fortes. Paralelos, quando vistos de trás.

  • Coxas: Bem desenvolvidas, que indicam vigor e atividade.

  • Joelhos: Preferencialmente paralelos, acompanhando o conjunto do membro, formando um ângulo obtuso.

  • Pernas: Comprimento moderado, paralelas entre si. Com musculatura potente sobre ossos fortes.

  • Jarretes:Angulação moderada, paralelos.

  • Metatarso: Perpendiculares ao solo, quando vistos de perfil. Ossos fortes e pele bem aderida.

  • Patas posteriores: São retas, paralelas entre si, acompanhando os jarretes, com dedos levemente separados e arqueados; com almofadas grossas e elásticas. Unhas fortes e escuras, acompanhando a cor do manto principal, podendo ser brancas quando o dedo correspondente também é branco.

MOVIMENTAÇÃO: Com caminhar balanceado, mantém a cabeça na linha do dorso e a cauda baixa que não ultrapasse a linha da garupa. Seu movimento é típico; o balanço do corpo deve ser perceptível na garupa e nas costelas, enquanto caminha, mantém a traseira nivelada.

PELE: Ajustada ao corpo, exceto pela barbela na parte de baixo do pescoço.


PELAGEM

  • Pelo: Curto, liso, de textura média, não sendo nem macio e nem áspero ao toque.

  • Cor: Todas as cores são permitidas, exceto merle.

TAMANHO / PESO: Devem ser respeitadas as proporções de peso e altura que confiram aspecto vigoroso ao exemplar.

  • Altura ideal na cernelha: Machos: 51-58 cm.

  • Fêmeas: 49-56 cm.

  • Peso: O indivíduo deve ter aparência forte e robusta.


FALTAS: Qualquer desvio dos termos deste padrão deve ser considerado como falta e penalizado na exata proporção de sua gravidade e seus efeitos na saúde e bem estar do cão.

 

  • Falta de dentes pré molares (P1).

  • Orelhas muito curtas, estreitas, muito largas ou compridas

  • Pescoço muito curto.

  • Pescoço sem barbelas ou com barbelas em demasia.

  • Linha superior em nível.

  • Ausência de esgalgamento do ventre.

  • Cauda reta.

  • Anteriores ou posteriores com pouca ou nenhuma angulação

  • Metacarpos cedidos, com aspecto de “achinelado”.

  • Patas dianteiras excessivamente viradas para fora.

  • Pelagem atípica incompatíveis com o descrito no item aparência geral.

  • Qualquer desvio na proporção altura x peso que confira ao cão características

FALTAS GRAVES

  • Narinas pouco abertas.

  • Orelhas semi eretas ou eretas

  • Prognatismo inferior excessivo, dentes incisivos aparentes com a boca fechada.

  • Falta de dentes molares (M3).

  • Pálpebras inferiores caídas, permitindo a visualização de grande porção da conjuntiva (ectrópio).

  • Olhos redondos ou muito grandes; olhos protuberantes ou de duas cores.

  • Olhos azuis, porcelanizados (olhos de rapina), olhos de cores diferentes.

  • Dorso selado ou carpeado.

  • Peito fraco, estreito, pouco profundo (sem alcançar a altura dos cotovelos).

  • Ponta da cauda ultrapassando a altura do jarrete.

  • Excesso de angulação nos anteriores ou nos posteriores; jarretes de vaca.


FALTAS DESQUALIFICANTES

  • Agressividade ou extrema timidez;

  • Qualquer exemplar mostrando sinais de anomalia física ou de comportamento.

  • Desvio lateral ou torção de mandíbula; língua permanentemente aparente ou caninos à mostra mesmo com a boca fechada.

  • Falta de caninos ou incisivos ou ausência de mais de 2 molares, exceto M3.

  • Despigmentação excedendo 25% da trufa em cães com mais de um ano de idade.

  • Qualquer mordedura que não seja a prognata inferior.

  • Stop não marcado (ausente).

  • Dorso descendente.

  • Anteriores arqueados.

  • Cor merle.

  • Movimentação muito pesada, difícil, com passos curtos ou passo de camelo contínuo.

  • Exemplar atípico;
     

NOTAS:

  • Os machos devem apresentar os dois testículos, de aparência normal, bem descidos e acomodados na bolsa escrotal.

  • Somente os cães clinicamente e funcionalmente saudáveis e com conformação típica da raça deveriam ser usados para a reprodução.

As últimas modificações estão em negrito.

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